A sessão ordinária desta terça-feira (21) foi aberta com um minuto de silêncio em homenagem ao ex-deputado Lírio Rosso, falecido na última sexta-feira (17). Rosso, que ocupava o cargo de secretário-executivo de Articulação Estadual, também foi homenageado no horário destinado ao PMDB pelo deputado Manoel Motta, que relembrou a trajetória política do colega de partido. O líder do governo, deputado Elizeu Mattos (PMDB), destacou que se trata de um “momento de profundo pesar”.
O ingresso da Medida Provisória 189/2011 na Assembleia Legislativa foi o principal assunto da sessão. Com ânimos acirrados, os professores mais uma vez compareceram ao Plenário para reivindicar apoio dos parlamentares ao movimento grevista, que pede o cumprimento do piso nacional do magistério.
A deputada Ana Paula Lima (PT) manifestou indignação com as medidas de retaliação aos professores anunciadas pelo governo do Estado no final de semana. “Há dois anos a categoria espera o cumprimento da lei do piso nacional do magistério, agora o governo ameaça cortar salários e demitir os professores que estão lutando pelo seu direito.”
O governo do Estado não pode alterar a carreira do magistério por meio de Medida Provisória, na opinião do deputado Sargento Amauri Soares (PDT). Para ele, a MP 189/2011 é pior que a MP 188/2011, que ingressou no Parlamento e acabou não sendo apreciada. “Uma MP não pode modificar uma lei complementar. Além disso, a Constituição diz que é vedada a reedição, na mesma legislatura, de proposição não apreciada pela Assembleia Legislativa”, destacou.
A deputada Angela Albino explicou que os professores vão perder salário com a edição da nova MP, que reduz o percentual de regência de classe, dos atuais 40% para 25% aos professores das séries inicias do ensino fundamental, e de 25% para 17% aos professores das séries finais. A deputada exemplificou com o caso de uma professora que ganha R$ 1.532 de salário e, com a redução da regência, perderá R$ 153 por mês. “Os direitos dos professores não foram ganhos, foram conquistados. Não podemos admitir retirada de direitos”, protestou. A categoria representa metade de todos os servidores públicos do Estado e responde por 34% da massa salarial.
“O governo fechou a negociação com os professores quando elaborou um contracheque descontando as faltas dos grevistas.” Essa é a opinião da deputada Luciane Carminatti (PT). Segundo ela, as faltas não podem ser descontadas porque a greve é legal.
Outro parlamentar a se manifestar sobre o assunto foi o deputado Joares Ponticelli (PP). Ele disse que a última conquista do magistério público de Santa Catarina data de 1986 e que nos últimos oito anos nem a inflação foi paga. “A necessidade de recompor a carreira caiu nas mãos do governador Raimundo Colombo”. Em aparte, o deputado Ismael dos Santos (DEM) destacou a necessidade de diálogo e de muita transparência na apresentação dos números, pois, na opinião dele, “é preciso reconhecer que o professor ganha muito mal no Brasil e em Santa Catarina”. O deputado Darci de Matos (DEM) disse que o governo vai cumprir o piso nacional de salários.
fonte: http://www.alesc.sc.gov.br/portal/imprensa/leitor_noticia.php?codigo=26716
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