A Comissão de Educação Cultura e Desporto, por solicitação da deputada Angela Albino (PCdoB), realizou na manhã de terça-feira (21), audiência pública no Plenário Deputado Osni Régis, para debater os rumos da educação em Santa Catarina. A reunião foi conduzida pela vice-presidente da Comissão, deputada Luciane Carminatti (PT) e reuniu cerca de 700 professores de várias regiões do Estado que representam a categoria em greve há 35 dias.
Entre os demais encaminhamentos propostos constam a exigência da garantia de aplicação integral na Educação de 25% dos recursos do orçamento do Estado. Índice que o governo não estaria respeitando, por incluir o vencimento dos inativos neste valor. Acabar com a terceirização da merenda e realizar debate sobre a gestão dos recursos de Santa Catarina, foram outras indicações aprovadas. O apoio às três proposições referentes ao tema que atualmente tramitam no Legislativo também foi acordado. A primeira é a proposta de emenda à Constituição nº 01/11, de autoria do deputado Neodi Saretta, que prevê o aumento de 25% para 30%, dos recursos do orçamento catarinense para a manutenção e desenvolvimento do sistema de ensino. O segundo é o projeto de lei 105/10, do Padre Pedro Baldissera, que objetiva desvincular a receita da saúde e da educação do Fundo Social. O terceiro é o PL 189/2011, de autoria da deputada Luciane Carminatti, que condiciona a dedução do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para fins de atendimento do disposto no artigo 25, com exceção da Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, ao pagamento do Piso Nacional do Magistério. A deputada Angela Albino frisou ainda que a Comissão de Educação tem a tarefa de reabrir as negociações com o governo e buscar auxílio no Ministério Público (MP) e na Ordem dos Advogados do Brasil/SC. Luciane Carminatti, por sua vez, ressaltou que cada Estado deve ter um conselho de acompanhamento e controle social do Fundeb, o que não acontece em Santa Catarina, de acordo com a parlamentar. Ela pediu a interferência do MP para exigir do governo do estado a nomeação de conselheiros para este fim. Os deputados Ismael dos Santos e Sargento Soares também se posicionaram a favor da utilização do Fundeb exclusivamente para a Educação. “O Fundeb contribui para aumentar o repasse de recursos para os poderes, o que somos contra. Votaremos contra o uso deste Fundo para a base de cálculo. Caso seja preciso haver sacrifício, que desta vez seja dos poderes”, disse Soares. Os deputados da bancada do PT, também favoráveis à proposta, sugeriram o fechamento de Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs), atualmente 36 em funcionamento no Estado, para poupar recursos que seriam destinados aos setores fundamentais como educação, saúde e segurança. (Rossana Espezin)
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