A representação do SINTE SC se reuniu na manhã de
hoje com Décio Vargas, Coordenador da Comissão de Negociação do Estado - CONER,
e equipe da secretaria, para iniciar as negociações entre magistério e Governo.
A primeira posição do sindicato foi buscar a
garantia da criação de um calendário de reposição de aulas, abonando as faltas
e não descontando nada da folha de pagamento dos professores grevistas. Manter
o recesso de uma semana no mês de julho também faz parte das reivindicações da
categoria e foi colocado na mesa. Porém, o Governo não fechou a questão sobre o
assunto, e se comprometeu a trazer posição na semana que vem.
O SINTE propôs que a negociação salarial parta da
tabela apresentada e aprovada na assembleia de Lages, em 26 de outubro de 2011.
Já o Governo se propõe a rever a proposta que apresentou antes da greve, e não
vai trazer na próxima semana uma nova proposta de tabela.
Com relação ao reajuste da Lei do Piso Nacional e
descompactação da tabela, Décio reafirmou que os recursos financeiros são os
mesmos previstos na proposta anterior, sem nenhum adicional, porém foi
questionado pelos sindicalistas que se posicionaram na linha de que existe sim,
recursos no Estado para garantir o reajuste de 22,22% para todos.
O SINTE acredita que, considerando que, de 2011
para 2012 cerca de 45 mil alunos deixaram a rede estadual por ocasião da
municipalização e por migração. Hoje são 602 mil alunos matriculados no Estado
e 40 mil docentes, ou seja, 14 alunos por professor. Contundo sabe-se que em
sala de aula, geralmente estudam 40 alunos. Então onde estão os outros
professores? Os alunos diminuíram e os contratados aumentaram. Dessa maneira
entende-se que é necessário o aperfeiçoamento da gestão pública.
Também foi solicitado ao negociador, a presença
de um representante da CNTE para se integrar ao grupo de negociações,
como aprovado na última assembleia estadual da categoria.
Segundo Décio, as reivindicações feitas no
primeiro dia de negociações serão repassadas ao Secretário, e na segunda-feira,
14, data do segundo encontro, dará o retorno aos dirigentes sindicais.
O Governo concordou ainda, em liberar os
delegados das regionais do Estado, para participarem da Conferência Estadual de
Educação do SINTE, que acontece dias 17 e 18, em Lages, com a garantia da
reposição dessas aulas aos alunos.
Também ficou estabelecido o calendário de
negociações, com reuniões nos dias 14, 16, 21, 23, 28 e 30 de maio, a última
com a presença do Secretário Eduardo Deschamps.
E-mail recebido de Graciela Fell - Acessoria de Imprensa do Sinte Estadual
Leia também:
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE A MESA DE NEGOCIAÇÃO COM A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO EM 09/05/2012.
Boa noite companheirada, Hoje pela manhã também participei da mesa de negociações com Décio Vargas representante do governo na mesa. E como ja era de se esperar, o governo não apresentou nada de concreto. Aliás, a única coisa concreta foi o calendário de negociações. No final da reunião Décio ainda falou que o Governo não vai injetar mais nenhum centavo na tabela. Obviamente argumentamos que se os desmandos, coronelismo, o clientelismo, os favoritismo, as políticas erradas para educação e o uso indevido dos recursos do FUNDEB fossem erradicados sobraria dinheiro. Porém, independentemente disso o magistério nacional, depois de décadas de lutas conquistou o piso nacional e ele deve ser aplicado à todos na carreira. O representante do secretário teve a petulância de dizer o governo vai manter a estrutura da tabela proposta, e a ideia é ficar remanejando índices entre as referências e os níveis, pq se a categoria não veio para a greve é por que concorda com a proposta da SED. UM ABSURDO! Todos sabemos que a postura do Governo, foi típica de um Estado fascista com ameaças de demissões, perseguições, impedimento do sindicato nas escolas, falsa propaganda na mídia com dinheiro do povo. Se a educação pública fosse realmente um espaço democrático com eleições para Diretores, livre manifestação de idéias nas escolas e verdadeira liberdade de organização dos trabalhadores, certamente a história seria outra. É preciso que todas as Escolas da Rede Estadual mostrem para a Secretaria de Educação e o Governo Estadual que o magistério não está contente com o que eles vem fazendo com a Educação Catarinense e em especial com a nossa carreira. Por isso, mandem emails, sms, ligações, cartas, todos os recursos disponíveis para a Secretaria da Educação mostrando que não aceitamos e nem aceitaremos que debochem ou brinquem com algo tão sério que é a qualidade do ensino e a valorização profissional.
Marcelo Serafim Dir. de Imprensa do Sinte.
Espero que os professores ganhem com as ações coletivas ingressadas pelo Sinte-SC através do jurídico. Pq se a educação depender da "boa vontade" do Governo de Santa Catarina, vai às minguas.
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