Nos dias 17 e 18 de maio de 2012 aconteceu em Lages, a 3ª Conferência Estadual de Educação do SINTE/SC. Com a participação de mais de 300 delegados representando as diversas regiões do estado.
A conferência iniciou com apresentação artística de dois grupos de danças locais, de expressão nacional, e emocionou os conferencistas. Isto até começar as mesas debatedoras que falavam do PNE – Plano Nacional de Educação, a ser votado na semana seguinte no congresso nacional.
Mas o ponto triste desta mesa foi à fala do deputado federal Pedro Uczai justificando-se que dificilmente teríamos a aprovação de 10% (dos dez por cento) do PIB (produto interno bruto) para a educação, dizendo que como a participação dos deputados governistas na comissão de educação é de pouco mais de 30%, não seria possível aprovar a aplicação do índice mencionado no PNE, e sim se houver alguma mudança será em torno de 7% a 8% no máximo, e não de imediato, “jogando um balde de água fria” nos conferencistas. Tudo em nome da “governabilidade com a base aliada”.
Na mesa da tarde tivemos a participação de representantes do governo federal (MEC) e UFSC, defendendo como era de se esperar as “políticas de governos” para a educação e principalmente no Ensino Médio. Um representante do SINTE/SC fez o contra ponto. Mostrando que entre os projetos dos “iluminados” dos Governos e a realidade escolar, ainda tem que se investir muito, para termos o mínimo necessário para aplicação destas políticas públicas para a educação.
O estranho é que em uma conferência promovida e financiada pelo sindicato a categoria tenha que ouvir aquilo que já conhece e discorda, combate e repudia em seu dia a dia na escola.
No dia seguinte aconteceram os trabalhos de grupo e ai então os trabalhadores apresentaram em seus grupos a realidade que vivem e as necessidades de suas escolas. Tais como:
- A ditadura imposta pelos gestores escolares e seus superiores (GEREDs e SED);
- A falta de condições de trabalho, com escolas literalmente caindo;
- Falta de material didático e pedagógico;
- Alunos sem aula por falta de professores habilitados e muito mais.
Mas a surpresa final foi na plenária da tarde, onde a maioria dos conferencistas, representando e comandados pela coordenação majoritária do SINTE-SC, Leia-se PT/CUT, votou favorável ao ENEM, IDEB e PNE que esta no congresso nacional.
Este mesmo PNE, que mantêm em seus textos “que os diretores devem ser nomeados e gratificados de acordo com processos de avaliação do governo”.
Entendemos que esta concordância com o IDEB, autoriza o Governo estadual a utilizar este índice, para qualificar as escolas, independentes das condições por ele disponibilizadas. Ou seja, quem estuda em um supermercado inacabado em condições subumanas, tem que buscar o mesmo índice que outra em melhores condições. Com isto pode utilizar este mesmo índice para pontuar a gratificação dos docentes (meritocracia),acabando assim com a isonomia salarial.
Votaram também favoráveis ao ENEM, que não dá condições de concorrerem em igualdade para os alunos das escolas públicas. Defendemos a universalização da educação pública, mas não podemos admitir que quem somente estudou em escolas particulares, tenham acesso as vagas nas universidades públicas em detrimento dos alunos das escolas públicas. E enquanto não tivermos essa igualdade, defendemos “universidades públicas para alunos de escolas públicas”.
Alguns dirigentes defenderam que acreditam poder apresentar emendas ao projeto, querem nos fazer acreditar em papai Noel. E a incoerência não para aí. Dizem que são favoráveis e defendem 10% do PIB para educação, mas aprovam um plano que defende 7%. Aprovam políticas que nada mais são do que formas de avaliação do trabalhador. Aquilo que sempre lutamos contra, pois sabemos que só trará prejuízos para a categoria.
“Governo que não valoriza o seu trabalhador da educação, que não cumpre lei, não tem direito a avaliar ninguém”.
“Lamentavelmente, profissionais da educação que lá estavam, aplaudiram as votações, sentindo-se vitoriosos. Muitos ainda usavam camisetas com a frase: A Educação quer mais! mas deveriam escrever: Mas nos contentamos com pouco”.
Vergonha!!!
Marcelo Speck da Rosa
Tânia Fogaça
Dilciane Saccon e
Independentes do bloco AÇÃO e LUTA.
Mas o ponto triste desta mesa foi à fala do deputado federal Pedro Uczai justificando-se que dificilmente teríamos a aprovação de 10% (dos dez por cento) do PIB (produto interno bruto) para a educação, dizendo que como a participação dos deputados governistas na comissão de educação é de pouco mais de 30%, não seria possível aprovar a aplicação do índice mencionado no PNE, e sim se houver alguma mudança será em torno de 7% a 8% no máximo, e não de imediato, “jogando um balde de água fria” nos conferencistas. Tudo em nome da “governabilidade com a base aliada”.
Na mesa da tarde tivemos a participação de representantes do governo federal (MEC) e UFSC, defendendo como era de se esperar as “políticas de governos” para a educação e principalmente no Ensino Médio. Um representante do SINTE/SC fez o contra ponto. Mostrando que entre os projetos dos “iluminados” dos Governos e a realidade escolar, ainda tem que se investir muito, para termos o mínimo necessário para aplicação destas políticas públicas para a educação.
O estranho é que em uma conferência promovida e financiada pelo sindicato a categoria tenha que ouvir aquilo que já conhece e discorda, combate e repudia em seu dia a dia na escola.
No dia seguinte aconteceram os trabalhos de grupo e ai então os trabalhadores apresentaram em seus grupos a realidade que vivem e as necessidades de suas escolas. Tais como:
- A ditadura imposta pelos gestores escolares e seus superiores (GEREDs e SED);
- A falta de condições de trabalho, com escolas literalmente caindo;
- Falta de material didático e pedagógico;
- Alunos sem aula por falta de professores habilitados e muito mais.
Mas a surpresa final foi na plenária da tarde, onde a maioria dos conferencistas, representando e comandados pela coordenação majoritária do SINTE-SC, Leia-se PT/CUT, votou favorável ao ENEM, IDEB e PNE que esta no congresso nacional.
Este mesmo PNE, que mantêm em seus textos “que os diretores devem ser nomeados e gratificados de acordo com processos de avaliação do governo”.
Entendemos que esta concordância com o IDEB, autoriza o Governo estadual a utilizar este índice, para qualificar as escolas, independentes das condições por ele disponibilizadas. Ou seja, quem estuda em um supermercado inacabado em condições subumanas, tem que buscar o mesmo índice que outra em melhores condições. Com isto pode utilizar este mesmo índice para pontuar a gratificação dos docentes (meritocracia),acabando assim com a isonomia salarial.
Votaram também favoráveis ao ENEM, que não dá condições de concorrerem em igualdade para os alunos das escolas públicas. Defendemos a universalização da educação pública, mas não podemos admitir que quem somente estudou em escolas particulares, tenham acesso as vagas nas universidades públicas em detrimento dos alunos das escolas públicas. E enquanto não tivermos essa igualdade, defendemos “universidades públicas para alunos de escolas públicas”.
Alguns dirigentes defenderam que acreditam poder apresentar emendas ao projeto, querem nos fazer acreditar em papai Noel. E a incoerência não para aí. Dizem que são favoráveis e defendem 10% do PIB para educação, mas aprovam um plano que defende 7%. Aprovam políticas que nada mais são do que formas de avaliação do trabalhador. Aquilo que sempre lutamos contra, pois sabemos que só trará prejuízos para a categoria.
“Governo que não valoriza o seu trabalhador da educação, que não cumpre lei, não tem direito a avaliar ninguém”.
“Lamentavelmente, profissionais da educação que lá estavam, aplaudiram as votações, sentindo-se vitoriosos. Muitos ainda usavam camisetas com a frase: A Educação quer mais! mas deveriam escrever: Mas nos contentamos com pouco”.
Vergonha!!!
Marcelo Speck da Rosa
Tânia Fogaça
Dilciane Saccon e
Independentes do bloco AÇÃO e LUTA.
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