Aconteceu nesta quinta-feira 29/03, em Laguna uma reunião com a representante da SED (Secretária Adjunta de Educação), Professora Elza Moretto, cuja pauta de trabalho era a discussão sobre a LEI DO PISO SALARIAL E A CARREIRA DO MAGISTÉRIO, porém as discussões não acrescentaram nada de sólido para o magistério público catarinense, que continua a sofrer de forte desmotivação dentro do cotidiano de todas as escolas por verem suas carreiras a margem de um precipício e sem um projeto de ação por parte da SED e Governo do Estado que respeite o que preconiza as leis.
Participaram da reunião, secretários da SDR, Gerentes de Educação, Diretores, Especialistas e alguns Professores
A reunião iniciou com algumas falas equivocadas, dos representantes governamentais e entre elas o Secretário Regional de Braço do Norte Gelson Padilha, afirmando que os “Diretores que ali estavam, são governo”, opinião esta que não compartilhamos. Em nosso entendimento, Diretores são Professores, Especialistas, Administradores, portanto São MAGISTÉRIO e constroem também a Educação na base que é a Escola, conseqüentemente também precisam ser ouvidos e respeitados porque todos têm identidade própria e com certeza estão descontentes com a situação das escolas.
O Secretário Regional de Tubarão Haroldo Silva (Dura), afirmou que era produtiva a conversa entre a SED e a “ponta”, e argumentamos que ali não estava a “ponta”. a “PONTA” para nós são os PROFESSORES que estão nas salas de aulas, frente a frente com os alunos todos os dias. E não foram convidados para a reunião.
Eu, Rudmar fiz algumas indagações quando me permitiram o uso da palavra em plenária e relatei algumas contradições no processo de municipalização, destacando que somos contrários e o porquê somos contrario.
Na fala da Professora Elza Moretto, que no nosso entendimento foi contraditória, pois fez primeiramente uma campanha em cima da MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL. E no decorrer de suas falas, em meio a muitos outros assuntos alegou que “Quando Secretária de Educação do Município de Lages, foi denunciada no Ministério Público por não cumprimento daquilo que o Município é obrigado: MATRÍCULAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Disse que fez a defesa em reunião de país e outros e apresentou ao Promotor as condições de precariedade das instituições, e que as mesmas não poderiam oferecer mais matrículas por falta de espaço e condições do Município. Mas o que mais chamou nossa atenção foi a fala que “o município não devia oferecer creche para os filhos de meninas de quatorze anos, pois na hora de transar esta tudo bem depois sobra para os pais, avós e a prefeitura”. É inadmissível que uma pessoa com o cargo que ocupa fale uma besteira dessas. A criança não pediu para vir ao mundo, se inconseqüente ou não o ato da mãe, toda criança tem direito a educação gratuita e de qualidade.
Com essa colocação abriu um debate entre o SINTE Regional, já que alegou quando Secretária do Município não conseguiu oferecer matrículas (vagas) por falta de espaço e recursos, e agora como governo estadual, a Municipalização está aí e tem que ser aceita, e questionamos : são dois pesos e duas medidas Sra. Elza?
Nesta linha ela falou que tínhamos que ir com calma que era cedo ainda, e ela ainda tinha muito chão para percorrer, em virtude de estar apenas 29 dias no comando desta pasta (Secretária Adjunta da Educação) e, portanto ela estava se sentindo como uma “senhora” gerando um filho, alusão clara ao pouco tempo de estada frente a tão importante pasta, mas a pergunta: Quem tem que sentir as dores do parto somos nós?
Vamos dar a resposta no dia 17 de abril com a maior ASSEMBLEIA ESTADUAL DO MAGISTÉRIO CATARINENSE.
Continuando em suas falas, ela deixou mais clara as metas que o governo pretende apresentar a população, algumas pertinentes outras utópicas.
Quando finalmente chegou a apresentação do tema da reunião LEI DO PISO SALARIAL E A CARREIRA DO MAGISTÉRIO, nada foi de novo, apenas aquela proposta malfadada que já está exposto aos quatro cantos do estado, de forma simplesmente teórica num “projetor”, sem apresentar uma tabela qualquer que deixasse aqueles que lá estavam em pleno conhecimento do que se tratava a proposta.
Solicitei novamente a fala e me dirigi aos diretores com a tabela elaborada pelo SINTE Estadual com os dados propostos na audiência com o Secretario de Educação. Em seguida, apresentei a eles qual seria a proposta do governo explicando a forma arbitraria que foram conduzidas as negociações e alertando ainda para a irregularidade de complemento salarial pela lei do Piso 11.738 promovida para o pagamento na íntegra do Piso Salarial aos professores que não atingiram o valor referente a 1.450,97.
Após a argumentação, muitos foram os professores da Regional de Tubarão e Braço do Norte que também levantaram e confirmaram que também não tinham sido convidados para a reunião. Neste momento a Professora Elza Moretto se apresentou um pouco irritada, dizendo que aquela reunião foi realizada pela SED, e não pelo SINTE, e que os encaminhamentos eram a partir das deliberações da SED. Todos ficaram sem entender nada, pois nada foi dito além daquilo que os diretores foram para ouvir: COMO SERIA O PISO SALARIAL APRESENTADO PELO GOVERNO, ela por sua vez (Professora) apresentou um grande despreparo para os assuntos propostos, e inabilidade em dialogar quando colocada em cheque.
Uma da Falas mais contundentes e que fez professores e diretores aplaudirem quase que todos de pés, foi de uma diretora da região do Vale do Braço do Norte, que foi categórica em afirmar que o que o SINTE estava falando era pertinente e que deveria continuar existindo o diálogo aberto, para buscar soluções entre a SED e os representantes da categoria do Magistério porque muita coisa precisava ser revista para melhorar a Educação do Estado e que não adianta achar culpados, o momento é de agir já que o “Governo do Estado” e o SINTE tem o mesmo objetivo: MELHORIA NA QUALIDADE DO ENSINO.
Em seguida outros diretores também levantaram problemas e pediram soluções.
Secretária Elza Moretto não precisamos de iluminados na educação, e sim de pessoas equilibradas que consigam explicar dialogar com a sua categoria, para dar um norte na educação. isto porque você anunciou que é professora aposentada do Estado, e que defenda juntamente ao governo Colombo os direitos de TODOS os trabalhadores da Educação.
Rudmar M. Corrêa - Coordenador Regional Sinte Laguna
QUE VERGONHA.DIA 2 DE ABRIL MAIS UM ENCONTRO COM OS CORRUPTOS DE EDUCAÇÃO E NADA DE DEFINIR A APLICAÇÃO DO PISO DO MAGISTÉRIO DE ACORDO COM A LEI. OS REPRESENTANTES DOS PROFESSORES JUNTO AOS MAFIOSOS DO GOVERNO COLOMBO NÃO TOMAM ATITUDES. CADÊ O DINHEIRO DA EDUCAÇÃO??????? CHEGA DE LENGA,LENGA. BUSQUEM DINHEIRO JUNTO AO GOVERNO FEDERAL E PAGUEM AOS PROFESSORES O QUE LHES É DE DIREITO. VALORIZEM A EDUCAÇÃO……
ResponderExcluirChega de blá, blá, blá!
ResponderExcluirSe o governo quisesse mesmo "ouvir os professores" poderia muito bem participar da Assembleia Estadual ou até propor esse debate no sábado. Essas visitas pelas regionais serve apenas para tentar enganar a população.
Agora o governo na figura do secretario da educação vai para mídia dizer que fez debates em todas as regionais do Estado de SC e que sentiu a aceitação dos professores (a maioria dos professores no momento do tal debate estavam em sala de aula, não participaram, não tem como estar em dois lugares ao mesmo tempo).
Sinte Regional Laguna parabéns pelo titulo da postagem, ela veio, falou e não disse nada mesmo.
Profª Ana Lúcia