terça-feira, 3 de abril de 2012

AUDIÊNCIA: SINTE/SC E GOVERNO ESTADUAL


Secretário de Educação não negocia e pede nova audiência
Governo não apresenta nenhuma proposta para o SINTE

Em uma reunião tensa, com os nervos a flor da pele, Governo do Estado e Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina não entraram em acordo. Logo no início da audiência o Secretário de Educação Eduardo Deschamps declarou que esperava uma nova proposta do SINTE, o que chocou os diretores da entidade presentes no encontro.

Alvete Bedin, Coordenadora Geral do SINTE declarou ao Secretário: "Esta é uma reunião de faz de conta, depois de duas semanas de espera pela negociação, a proposta já rejeitada por unanimidade na assembléia estadual ainda é a mesma? A categoria não está em sala de aula esperando o nada, eles querem uma proposta, se isso não acontecer é greve no dia 17 de abril". O Governo continua com a proposta de parcelamento do reajuste de 22,22%, 8% já concedidos este ano, e o restante para pagamento sem data marcada em 2013 e 2014.

No decorrer dos debates Joaninha de Oliveira, Secretária de Políticas Sociais e de Gênero do sindicato, disse que quando Eduardo foi Secretário Adjunto da Educação ouviu dele que o Governo ia cumprir o reajuste do piso na tabela salarial, não achatando o plano de carreira dos professores. Não há justiça nessa fórmula de reajuste, não existe nenhuma lógica pedagógica para o magistério Estado.
Para todos os membros do sindicato a proposta do Governo fere a categoria. "Somos professores, nos graduamos, nos especializamos, porém os profissionais dos níveis 1 ao 7 recebem o mesmo salário, seria mais educado o Estado negociar respeitando a tabela, levando em conta o tempo de serviço e a capacitação contínua de vários educadores".

Diante dos fatos o secretário propôs uma nova audiência, marcada para o próximo dia 09 de abril, quando quer "abrir" os números do Governo para o Sindicato e mostrar porque não podem aceitar a proposta da classe dos professores. "O Governo propôs uma mesa de negociações, o sindicato quer dialogar, mas queremos propostas por parte do Estado, que seja cumprido o acordo de greve feito no ano passado", declara Alvete.

Outra questão apontada pelo SINTE foi à repressão aos professores que fazem parte ou que querem aderir ao movimento de greve. Eles são coagidos e ameaçados, recebem faltas se participam de atos do sindicato, além da proibição da entrada da entidade sindical nas escolas.

ASSESSORIA IMPRENSA SINTE – SC

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