Mais uma vez o Governo deixa o magistério na mão. Outra reunião é cancelada, demonstrando claramente o descaso do Estado com os trabalhadores da educação de Santa Catarina. Já estava agendada reunião com o Conselho Deliberativo do SINTE, para o dia 30 de junho, porém, a Diretoria Executiva decidiu suspender a reunião e esperar pelas propostas que deveriam ser entregues 04 de julho, pelo CONER, e seriam levadas para discussão com os líderes sindicais das regionais, de novo, o Governo não cumpriu sua palavra.
A diretoria executiva do SINTE entrou em contato com Décio Vargas, Coordenador do CONER, para cobrar uma posição, ele prometeu que amanhã estará encaminhando proposta para o SINTE, isso porque já está agendada a reunião do conselho deliberativo para o próximo dia 07 de julho, em Xanxerê. Será nesta reunião, que os sindicalistas de todo o Estado deverão estudar as propostas feitas pelo Governo e definir planos de luta para o magistério.
Ressaltamos que a categoria suspendeu a greve em maio de 2012, já que o Governo de forma autoritária afirmou que só negociava com o fim do movimento. O SINTE acreditou que com um prazo maior, o Estado poderia estudar e apresentar uma proposta clara e decente para o magistério, o que até hoje não aconteceu.
Até o momento, o CONER apresentou apenas tabelas provisórias, conforme publicadas na nossa Fan Page: http://www.facebook.com/unidospelaeducacao/app_182667455607 estas que desrespeitam os princípios do plano de carreira do magistério e não atendem as revindicações da categoria. Os prazos para o pagamento do piso também nunca são apresentados, sendo assim, o Governo não assume o compromisso feito com o grupo de negociações e com a categoria.
Com relação à reposição, os professores encaminharam os calendários para a SED, e estão repondo as aulas, mas mesmo assim o Governo está descontando as faltas de suas folhas de pagamento, e ninguém sabe quando esses valores serão devolvidos. O Governo ainda não sinalizou com nenhum documento oficial, a definição de uma data para a devolução dos descontos. O SINTE exige que seja definido um prazo para essas devoluções, a fim de garantir a reposição de todas as aulas.
Surgem ainda, na folha de pagamento dos servidores, descontos indevidos. Estes que pela ação do SINTE em questionar o Governo e exigir a tomada de providências, se transformaram em folha suplementar, que deveria corrigir tal problema, porém até o momento os valores descontados indevidamente não foram pagos. O Governo culpou o sistema pela falha.
É inadmissível que um Governo trate com tanto desrespeito uma categoria que só quer o que seu de direito, um salário digno, de acordo com a Lei do Piso Nacional, bem como, uma carreira, para que os profissionais que dedicam a vida pela educação tenham o mínimo de respaldo financeiro para sobreviver e sustentar suas famílias.
Sinte-SC
Planos de 'luta'? Com que cacife? Greve? Qual é a 'ameaça' de peso que o sindicato pode jogar na mesa e dizer 'vamos fazer 'X' se o governo não fizer 'Y' no prazo 'Z'? Quem sabe votos? o cacife é tirar votos nas eleições? Faz-me rir...
ResponderExcluirCNTE tem mais é que contratar um parecer de algum notável da Justiça, alguém de 'notável e incontestável saber jurídico', que leia a estrovenga da Lei do Piso e diga, de uma vez por todas, sem margens a interpretações divergentes nem no STF ( que não foi unânime da votação da Adin...), se existe ou não a OBRIGAÇÃO legal de aplicar o piso em cascata na carreira, sem manobras processuais de governos de quaisquer ideologias para postergar a aplicação inclusive por questões de orçamentos, de caixa, sejam verdadeiras ou não as penúrias alegadas. Se a valorização do Magistério é para ser resolvida pela via política, mesmo tendo uma lei obrigando, então não precisaria de lei, nem da espera do julgamento da Adin, um tempo que perderam e que poderia ter sido usado para 'negociações' políticas caso a caso, estado por estado, município, etc. Uma lei com furos e buracos negros dá nisso que temos agora.