Educação: a carreira e qualidade
17 de abril de 2012
0
"Caro Jornalista Moacir Pereira,
Quem lhe escreve novamente é a professora Josy da região de Blumenau. Graduada em Letras – Português/ Inglês pela FURB e pós-graduada em Orientação, Supervisão e Gestão Escolar pelo ICPG.
Atuo 40h no Estado e 20h no município de Indaial.
Atualmente estou de licença-prêmio no Estado, acompanhando nos bastidores todo esse processo, a propósito, tenho 12 anos completos no magistério, muitos deles trabalhados para o Estado em regime de 60h, 40 como efetiva e 20 como ACT, estou gozando minha licença-prêmio apenas porque outros professores mais antigos não optaram por gozar o benefício, caso contrário estaria com minhas licenças se acumulando.
Em maio volto à sala de aula para dar continuidade a um trabalho iniciado por uma profissional que está estudando história, a saber, minhas turmas são quase todas de ensino médio. Não houve profissional disponível na área de Letras (habilitado ou um graduando) para assumir minhas aulas durante minha ausência. Sei que quando voltar, terei que correr atrás de tudo e colocar a casa em ordem e com certeza farei o que for possível a fim de que meus alunos não saiam prejudicados.
Agora questiono: “Estão a SED e a GERED preocupados em saber se as coisas estão funcionando com um professor não habilitado de outra área lecionando Português para alunos do Ensino Médio? Sabe a sociedade catarinense que muitos outros alunos se encontram em situações semelhantes ou até mesmo mais delicadas? Questionam os pais e a sociedade se a Educação Pública tem sido de fato de “QUALIDADE”?
NÃO! Vejo penas um monossílabo como resposta!
Infelizmente a tal da “QUALIDADE” é lembrada e questionada quando professores vão às ruas reclamar seus direitos, paralisando suas atividades. Então é nesse momento que temos muitos “COVARDES”, que não têm coragem de dar o nome, reclamando que estamos “VADIANDO”! Outros nos chamando de “CHORÕES”, alguns pedindo ao Governo que nos exonerem e por aí vai.
O que é engraçado mesmo Moacir é não ver nenhum desses “anônimos” escreverem a você artigos bem fundamentados sobre a situação do magistério, ou até mesmo sobre a fara dos salários dos deputados pelo Brasil, ou sobre qualquer outro assunto político que fere de fato a Sociedade Catarinense.
Na verdade Moacir, não quero também nesse momento dar importância, que não merecem, a esses anônimos. Quero na verdade expor o que vejo nas tabelas apresentadas pelo governo. E quero fazer isso a você, e pedir também que faça uma análise profunda sobre os dados a fim de que se veiculem na mídia informações concretas, exatas sobre a situação da carreira do magistério público catarinense.
Gostaria que você fizesse levantamento de informações relevantes e que você publicasse algo partindo do seu ponto de vista, mas com entendimento da situação.
As nossas tabelas estão tão bagunçadas que antes quem entendia um pouco agora, não entende nada.
Finalizamos uma greve em 2011 com um acordo assinada pelo nosso Governador. Voltamos à sala de aula com uma carreira tratorada, erguemos a cabeça, demos um voto de confiança ao governo, acreditamos no grupo de estudos, mais uma vez soubemos esperar, mesmo sabendo que de imediato estaríamos perdendo direitos construídos ao longo muitos anos.
Saímos de uma greve com a seguinte tabela:
NÍVEL R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G
1 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
2 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.197,00 1.197,00 1.197,00
3 1.197,00 1.221,00 1.221,00 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00
4 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10
5 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14
6 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14 1.407,47 1.442,66 1.478,73
7 1.380,00 1.414,50 1.449,86 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38
8 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43
9 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95
10 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65
11 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33
12 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33 2.206,14 2.261,29 2.317,82
Uma carreira completamente acabada, destruída. Mas havia a promessa da recomposição.
Apesar de uma carreira destroçada, ainda percebemos na tabela de 2011 havia uma certa UNIFORMIDADE nas progressões. Claro que nos níveis iniciais isso não se evidencia. Observamos a partir do nível 5C avanço horizontal de 2,5% a todos.
NÍVEL R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G
1 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00
2 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.462,97 1.462,97 1.462,97
3 1.462,97 1.492,30 1.492,30 1.492,30 1.520,41 1.520,41 1.520,41
4 1.492,30 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.558,42
5 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.558,42 1.597,39 1.637,32 1.678,25
6 1.558,40 1.597,39 1.637,32 1.678,25 1.720,20 1.763,21 1.807,30
7 1.686,63 1.728,80 1.772,01 1.816,32 1861,72 1908,26 1955,98
8 1.816,32 1.861,72 1.908,26 1.955,98 2.004,88 2.055,00 2.106,37
9 1.955,98 2.004,88 2.055,00 2.106,37 2.159,04 2.213,01 2.268,34
10 2.106,37 2.159,04 2.213,01 2.268,34 2.325,05 2.386,16 2.442,75
11 2.268,34 2.325,05 2.383,16 2.442,75 2.503,82 2.566,41 2.630,57
12 2.442,75 2.503,82 2.566,41 2.630,57 2.696,34 2.763,37 2.832,83
A tabela acima deveria dar origem à tabela abaixo com correção do valor do FUNDEB, que em 2012 foi de 22,22%. Índice que também foi acordado pelo nosso Governador que seria aplicado em 2012. “O documento tem sua assinatura”.
Após dias e dias de estudo, pelo tal grupo, o magistério estava certo de que teria o índice de correção aplicado
juntamente com uma carreira reorganizada. Com critérios claros e definidos juntamente com a categoria.
Eis então que para frustar a todos, surge uma nova tabela que, se bem analisada, não comtempla a todos de maneira igualitária. Causa perdas para muitos profissionais que já estão há anos no magistério e não aplica na carreira os 22,22% da correção determinada por lei federal.
R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G H I J
1 1.450,87 1.458,93 1.466,99 1.475,05 1.483,11 1.491,17 1.499,23 1.507,29 1.515,35 1.523,41
17 de abril de 2012
0
"Caro Jornalista Moacir Pereira,
Quem lhe escreve novamente é a professora Josy da região de Blumenau. Graduada em Letras – Português/ Inglês pela FURB e pós-graduada em Orientação, Supervisão e Gestão Escolar pelo ICPG.
Atuo 40h no Estado e 20h no município de Indaial.
Atualmente estou de licença-prêmio no Estado, acompanhando nos bastidores todo esse processo, a propósito, tenho 12 anos completos no magistério, muitos deles trabalhados para o Estado em regime de 60h, 40 como efetiva e 20 como ACT, estou gozando minha licença-prêmio apenas porque outros professores mais antigos não optaram por gozar o benefício, caso contrário estaria com minhas licenças se acumulando.
Em maio volto à sala de aula para dar continuidade a um trabalho iniciado por uma profissional que está estudando história, a saber, minhas turmas são quase todas de ensino médio. Não houve profissional disponível na área de Letras (habilitado ou um graduando) para assumir minhas aulas durante minha ausência. Sei que quando voltar, terei que correr atrás de tudo e colocar a casa em ordem e com certeza farei o que for possível a fim de que meus alunos não saiam prejudicados.
Agora questiono: “Estão a SED e a GERED preocupados em saber se as coisas estão funcionando com um professor não habilitado de outra área lecionando Português para alunos do Ensino Médio? Sabe a sociedade catarinense que muitos outros alunos se encontram em situações semelhantes ou até mesmo mais delicadas? Questionam os pais e a sociedade se a Educação Pública tem sido de fato de “QUALIDADE”?
NÃO! Vejo penas um monossílabo como resposta!
Infelizmente a tal da “QUALIDADE” é lembrada e questionada quando professores vão às ruas reclamar seus direitos, paralisando suas atividades. Então é nesse momento que temos muitos “COVARDES”, que não têm coragem de dar o nome, reclamando que estamos “VADIANDO”! Outros nos chamando de “CHORÕES”, alguns pedindo ao Governo que nos exonerem e por aí vai.
O que é engraçado mesmo Moacir é não ver nenhum desses “anônimos” escreverem a você artigos bem fundamentados sobre a situação do magistério, ou até mesmo sobre a fara dos salários dos deputados pelo Brasil, ou sobre qualquer outro assunto político que fere de fato a Sociedade Catarinense.
Na verdade Moacir, não quero também nesse momento dar importância, que não merecem, a esses anônimos. Quero na verdade expor o que vejo nas tabelas apresentadas pelo governo. E quero fazer isso a você, e pedir também que faça uma análise profunda sobre os dados a fim de que se veiculem na mídia informações concretas, exatas sobre a situação da carreira do magistério público catarinense.
Gostaria que você fizesse levantamento de informações relevantes e que você publicasse algo partindo do seu ponto de vista, mas com entendimento da situação.
As nossas tabelas estão tão bagunçadas que antes quem entendia um pouco agora, não entende nada.
Finalizamos uma greve em 2011 com um acordo assinada pelo nosso Governador. Voltamos à sala de aula com uma carreira tratorada, erguemos a cabeça, demos um voto de confiança ao governo, acreditamos no grupo de estudos, mais uma vez soubemos esperar, mesmo sabendo que de imediato estaríamos perdendo direitos construídos ao longo muitos anos.
Saímos de uma greve com a seguinte tabela:
NÍVEL R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G
1 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
2 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.197,00 1.197,00 1.197,00
3 1.197,00 1.221,00 1.221,00 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00
4 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10
5 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14
6 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14 1.407,47 1.442,66 1.478,73
7 1.380,00 1.414,50 1.449,86 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38
8 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43
9 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95
10 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65
11 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33
12 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33 2.206,14 2.261,29 2.317,82
Uma carreira completamente acabada, destruída. Mas havia a promessa da recomposição.
Apesar de uma carreira destroçada, ainda percebemos na tabela de 2011 havia uma certa UNIFORMIDADE nas progressões. Claro que nos níveis iniciais isso não se evidencia. Observamos a partir do nível 5C avanço horizontal de 2,5% a todos.
NÍVEL R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G
1 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00
2 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.451,00 1.462,97 1.462,97 1.462,97
3 1.462,97 1.492,30 1.492,30 1.492,30 1.520,41 1.520,41 1.520,41
4 1.492,30 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.558,42
5 1.520,41 1.520,41 1.520,41 1.558,42 1.597,39 1.637,32 1.678,25
6 1.558,40 1.597,39 1.637,32 1.678,25 1.720,20 1.763,21 1.807,30
7 1.686,63 1.728,80 1.772,01 1.816,32 1861,72 1908,26 1955,98
8 1.816,32 1.861,72 1.908,26 1.955,98 2.004,88 2.055,00 2.106,37
9 1.955,98 2.004,88 2.055,00 2.106,37 2.159,04 2.213,01 2.268,34
10 2.106,37 2.159,04 2.213,01 2.268,34 2.325,05 2.386,16 2.442,75
11 2.268,34 2.325,05 2.383,16 2.442,75 2.503,82 2.566,41 2.630,57
12 2.442,75 2.503,82 2.566,41 2.630,57 2.696,34 2.763,37 2.832,83
A tabela acima deveria dar origem à tabela abaixo com correção do valor do FUNDEB, que em 2012 foi de 22,22%. Índice que também foi acordado pelo nosso Governador que seria aplicado em 2012. “O documento tem sua assinatura”.
Após dias e dias de estudo, pelo tal grupo, o magistério estava certo de que teria o índice de correção aplicado
juntamente com uma carreira reorganizada. Com critérios claros e definidos juntamente com a categoria.
Eis então que para frustar a todos, surge uma nova tabela que, se bem analisada, não comtempla a todos de maneira igualitária. Causa perdas para muitos profissionais que já estão há anos no magistério e não aplica na carreira os 22,22% da correção determinada por lei federal.
R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G H I J
1 1.450,87 1.458,93 1.466,99 1.475,05 1.483,11 1.491,17 1.499,23 1.507,29 1.515,35 1.523,41
2 1.523,41 1.531,59 1.539,78 1.547,96 1.556,14 1.564,32 1.572,50 1.580,68 1.588,86 1.597,05
3 1.886,13 1.918,37 1.950,61 1.982,86 2.015,10 2.047,34 2.079,58 2.111,82 2.144,05 2.176,31
4 2.176,31 2.200,49 2.222,67 2.248,85 2.273,03 2.297,21 2.321,39 2.345,57 2.369,75 2.393,94
5 2.393,94 2.410,06 2.426,18 2.442,30 2.458,42 2.474,54 2.490,66 2.506,78 2.522,90 2.539,02
6 2.539,02 2.555,14 2.571,26 2.587,38 2.503,51 2.619,63 2.635,75 2.651,87 2.667,99 2.684,11
As cores aplicadas (nota: estão no original, mas não aparecem no blog) têm o objetivo de correlacionar os níveis entre as duas tabelas, haja vista a mudança que a mesma sofreu. Todos os valores sublinhados mostram redução, perda para o magistério, pois não há a correção dos 22,22%. Vejamos um profissional Doutor em final de carreira: com a aplicação do índice de 2012 o mesmo poderia chegar a R$ 2.832,83. Já no novo plano o valor é 5,58% inferior. Mesmo o Governo afirmando que há uma revitalização, incluindo 3 novas progressões.
Sua tática não passa de uma intrujice!
De todas as referências apresentadas, menos da metade é contemplada de fato. Tal qual aconteceu em 2011. Vejo que o governo utilizou-se de uma estratégia para enganar mais uma vez a todos e resolver nossa situação da mesma maneira que fez em 2011, impondo uma nova carreira.
Já no que se refere aos avanços horizontais, como pode professores de uma mesma rede, cumprindo as mesmas exigências avançarem de forma distinta se pertencem ao mesmo plano de cargos e salários?
Um professor 3A (graduado) após 3 anos de exercício, com 80 horas de curso, avança para 3B com um percentual de 1,7%. Já um professor especialista 4A obtém em seu progresso 1,11%, contra um Mestre 5A, que avança apenas ,0673% e um Doutor 6A que ao chegar em B soma ao seu vencimento 0,634%.
Sabe o governo que tal prática desestimula, afirma tal ideia ao justificar a criação do Projeto de Revitalização do Magistério afirmando que: “Compressão da tabela leva a desestímulo professores com níveis de titulação superiores, especialmente aos professores com graduação e pós-graduação em nível de especialização”, mas mesmo assim mantém a prática?
Nossa angústia e anseio é que alguém consiga, creio eu, desenhar nossos problemas, pois a sociedade nunca irá entender tanta informação, também não creio muito se querem mesmo entender.
O que não dá é para ficar calado e aceitar mais uma vez a mesma prática. Em 2013, 2014 estaremos sujeitos à mesma situação.
E por fim, algo que ainda precisa ser exposto refere-se aos números do FUNDEB.
Em 2011 SC arrecadou: 1.669.216.296,69
Em 2012 arrecadou até o momento: 450.265.297,45
Fonte: http://receitas.fecam.org.br/estado/FUNDEB/analises/analise/anual
Nosso secretário alegou em matéria publicada ontem que: O Secretário anunciou que:O impacto na folha de pagamento será de R$ 600 milhões. “Estamos passando de uma folha que no ano passado, era projetada para R$ 1,4 bilhão, para uma que vai chegar a R$ 2,1 bilhões esse ano”, explicou Deschamps.
Sabemos que 60% do valor do FUNDEB é destinado a pagamento de professores. Em 2011 somou-se uma quantia considerável perto do 1,4 bilhão projetado em salário. Sabemos que ainda existe a receita do Estado, como sabemos também que o Estado ainda paga inativos com recursos indevidos.
Teremos que continuar pagando a conta devido a uma má gestão? Até quando?
Até quando seremos chamados de vadios e de chorões por pessoas que se quer buscam saber dos números?
Ajude-nos, de alguma forma, a mostrar um pouco da verdade."
fonte:blog Moacir Pereira
As cores aplicadas (nota: estão no original, mas não aparecem no blog) têm o objetivo de correlacionar os níveis entre as duas tabelas, haja vista a mudança que a mesma sofreu. Todos os valores sublinhados mostram redução, perda para o magistério, pois não há a correção dos 22,22%. Vejamos um profissional Doutor em final de carreira: com a aplicação do índice de 2012 o mesmo poderia chegar a R$ 2.832,83. Já no novo plano o valor é 5,58% inferior. Mesmo o Governo afirmando que há uma revitalização, incluindo 3 novas progressões.
Sua tática não passa de uma intrujice!
De todas as referências apresentadas, menos da metade é contemplada de fato. Tal qual aconteceu em 2011. Vejo que o governo utilizou-se de uma estratégia para enganar mais uma vez a todos e resolver nossa situação da mesma maneira que fez em 2011, impondo uma nova carreira.
Já no que se refere aos avanços horizontais, como pode professores de uma mesma rede, cumprindo as mesmas exigências avançarem de forma distinta se pertencem ao mesmo plano de cargos e salários?
Um professor 3A (graduado) após 3 anos de exercício, com 80 horas de curso, avança para 3B com um percentual de 1,7%. Já um professor especialista 4A obtém em seu progresso 1,11%, contra um Mestre 5A, que avança apenas ,0673% e um Doutor 6A que ao chegar em B soma ao seu vencimento 0,634%.
Sabe o governo que tal prática desestimula, afirma tal ideia ao justificar a criação do Projeto de Revitalização do Magistério afirmando que: “Compressão da tabela leva a desestímulo professores com níveis de titulação superiores, especialmente aos professores com graduação e pós-graduação em nível de especialização”, mas mesmo assim mantém a prática?
Nossa angústia e anseio é que alguém consiga, creio eu, desenhar nossos problemas, pois a sociedade nunca irá entender tanta informação, também não creio muito se querem mesmo entender.
O que não dá é para ficar calado e aceitar mais uma vez a mesma prática. Em 2013, 2014 estaremos sujeitos à mesma situação.
E por fim, algo que ainda precisa ser exposto refere-se aos números do FUNDEB.
Em 2011 SC arrecadou: 1.669.216.296,69
Em 2012 arrecadou até o momento: 450.265.297,45
Fonte: http://receitas.fecam.org.br/estado/FUNDEB/analises/analise/anual
Nosso secretário alegou em matéria publicada ontem que: O Secretário anunciou que:O impacto na folha de pagamento será de R$ 600 milhões. “Estamos passando de uma folha que no ano passado, era projetada para R$ 1,4 bilhão, para uma que vai chegar a R$ 2,1 bilhões esse ano”, explicou Deschamps.
Sabemos que 60% do valor do FUNDEB é destinado a pagamento de professores. Em 2011 somou-se uma quantia considerável perto do 1,4 bilhão projetado em salário. Sabemos que ainda existe a receita do Estado, como sabemos também que o Estado ainda paga inativos com recursos indevidos.
Teremos que continuar pagando a conta devido a uma má gestão? Até quando?
Até quando seremos chamados de vadios e de chorões por pessoas que se quer buscam saber dos números?
Ajude-nos, de alguma forma, a mostrar um pouco da verdade."
fonte:blog Moacir Pereira
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